Este espaço ficou por certo tempo sem postagem deste Riobranquense que goza (desde o dia 1º) merecidas férias. No início da tarde desta tarde de terça-feira (14/07), enquanto ouço minha pequena Lúcia Helena a cantarolar canções do Rei Roberto, retorno e posto aqui texto que rabisquei num papel logo no meio da manhã ensolarada. Junto dele foto de crianças em torno da magia de uma bola, também feita por este Riobranquense.O menino e os pães
(Antunis Clayton)
Da janela observo tempo e espaço de uma manhã.
No meio dela encontro o menino que retorna da padaria em passos apressados e caminhar leve.
Passa por pequenos arbustos como se eles fossem "Joões" e os dribla antes de alcançar a calçada.
Na sacola, os pães se revezam nos espaços como se lhe alegrassem aquela eufórica caminhada.
Observa, em outra janela, outro menino. Então para. E fala. E parece se esquecer dos pães, agora inertes.
E fala, fala, como se estivessem a projetar algo muito interessante para aquela manhã.
Olhos nos olhos. Os pés miudos, agora sobre a grama, paralisados e silenciosos.
Em cena um "João" e o Malabarista que, parado, gesta mais um drible tão conhecido quanto inevitável.
E ainda tenho tempo para observar sua partida veloz, como se procurasse a linha de fundo e como se os pães fossem alcançar a mesa de café como as bolas alcançam a grande área e as redes.
O segundo menino sai de cena, como um dia saíram os "Joões".
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Você continua ótimo nos textos. Beijo!
ResponderExcluirSeu irmão Arnaldo Garcia